Um terroir único (relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular) dará ao Brasil a primeira Indicação de Procedência de vinhos tropicais do mundo. O pedido vem do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (VINHOVASF) que depositou o pedido junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial o (INPI).
Por ser um país muito grande, o Brasil possui uma diversidade riquíssima de vinho. Os diversos terroirs do Brasil, comprovadamente, produzem diferentes tipos de vinhos. Os rótulos se diferenciam de cada IP, ou Denominação de Origem, pois são regiões com características de clima, solo, topografia, relevo e variedades de uva muito diferentes.
Apesar do clima tropical ser a característica diferencial da região do Vale do São Francisco, o que garante a qualidade do vinho é a forma de produção e cuidado com a uva, justamente, em decorrência da severidade do clima.
“A capacidade produtiva das videiras é determinada pelo manejo, e não apenas pelo clima, que é sempre seco e quente. Cada planta gera duas safras por ano, em ciclos de 120 a 190 dias, para uvas de vinho. O período de repouso das vinhas é induzido pela retirada da água de irrigação. O solo, originário do rio São Francisco, apresenta grandes depósitos de sedimentos rochosos, sendo também arenoso. A vegetação é da Caatinga“, explica.
O Vale do Rio São Francisco corresponde a uma área de 500 hectares destinados aos vinhos finos produzidos: vinhos tranquilos, espumantes, vinho e brandy. Porém, se considerarmos a produção de uvas e vinhos de mesa, a área se amplia para 10.000 hectares.
De acordo com Roberta, “esta região, de clima tropical semiárido, única no Brasil, apresenta temperaturas que possibilitam a produção de uvas em todos os meses do ano e entrega vinhos tropicais, com originalidade e identidade própria distinta no mundo vitivinícola”.
VINHOVASF