A Arábia Saudita anunciou a suspensão de onze plantas brasileiras de aves para a exportação. O anúncio por meio de nota, e os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, disseram que receberam a notícia com surpresa.
“Não houve contato prévio das autoridades sauditas, tampouco apresentação de motivações ou justificativas que embasem as suspensões. A informação consta apenas em nova lista de plantas brasileiras autorizadas a exportar, publicada hoje pela Saudi Food and Drug Authority (SFDA), que exclui os referidos estabelecimentos, previamente permitidos. Até o momento, apenas o Brasil foi objeto de atualização de lista de exportadores de carne de aves”, diz a nota.
A Arábia Saudita é o segundo maior comprador de carne de frango brasileira. No ano passado comprou mais de 467 mil toneladas adquiridas, perdendo apenas para a China, que comprou 672,7 mil toneladas em 2020. As plantas pertencem à Seara, JBS, Vibra Agroindustrial e Agroaraçá.
São cinco da Seara Alimentos: em Amparo (SP), Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Caxias do Sul (RS), Ipumirim (SC); três da Vibra Agroindustrial: Itapejara D’Oeste (PR); Pato Branco (PR) e Sete Lagoas (MG), dois da JBS: em Montenegro (RS) e Passo Fundo (RS) e uma da Agroaraçá: em Nova Araçá (RS).
No comunicado o Brasil reitera os elevados padrões de qualidade e sanidade seguidos por toda nossa cadeia de produtos de origem animal, assegurados por rigorosas inspeções do serviço veterinário oficial. Há confiança de que todos os requisitos sanitários estabelecidos por mercados de destino são integralmente cumpridos.
Também informou que entrou em contato com autoridades sauditas pedindo explicações e caso se comprove uma barreira indevida ao comércio deve levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).