O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) estabeleceu medidas sanitárias, após constatar por análises laboratoriais, um surto de raiva na província do Chaco. Até o momento apenas um animal foi afetado.
Entre as medidas adotadas, foi ordenada a vacinação obrigatória de todos os bovinos suscetíveis em um raio de 10 quilômetros ao redor do caso e os produtores devem registrar a vacinação no escritório do Senasa. Da mesma forma, eles devem revacinar o gado entre 20 e 60 dias após a primeira dose.
Em campos localizados a 10 quilômetros ao redor do caso é proibido o abate e o consumo de animais até que sejam cumpridos os prazos de vacinação e revacinação para todas as espécies suscetíveis. Além disso, é recomendável evitar a caça. Já os movimentos de troca de pasto no inverno podem ser realizados imediatamente após a primeira vacinação com aviso prévio ao destino, onde será feito o esquema de vacinação.
Recorde-se ainda que é obrigatório comunicar a existência de animais com sintomas nervosos no gabinete do Senasa mais próximo, bem como comunicar a existência de possíveis abrigos de vampiros que serão georreferenciados e comunicados ao Programa Nacional de Raiva.
A Raiva é uma zoonose, pode ser transmitida de animais para pessoas e é fatal, daí a importância da prevenção por meio da vacinação de animais suscetíveis a contrair a doença e controle de vampiros. Os surtos de raiva não duram mais do que 18 meses, com períodos interepidêmicos sem doença de pelo menos 3 ou 4 anos. Geralmente é transmitida por morcegos hematófagos.
Os primeiros sintomas observados em animais consistem em inquietação, falta de apetite, tendência para se retrair e vocalizações frequentes com um tom de voz diferente do habitual. Depois vem a depressão, a desidratação, com dificuldade postural e, por fim, a morte.