Vereadora cuiabana classifica moção de aplausos a policiais do RJ foi precipitada

A vereadora Maysa Leão (Cidadania) classificou como precipitada a moção de aplauso aprovada pela Câmara de Cuiabá, na semana passada, em homenagem aos policiais do Rio de Janeiro que participaram da ação no Morro do Jacarezinho.

 

A operação resultou na morte de 28 pessoas, entre eles um policial civil. De autoria do vereador Kássio Coelho (Patriota), a homenagem gerou discussão na sessão da Câmara de Cuiabá na última quinta-feira (13).

 

Maysa e mais dois parlamentares votaram contra a moção. Ela frisou, porém, que sua posição não deve ser lida como uma crítica à ação dos policiais, como se ela estivesse dizendo que a operação foi errada.

 

“Eu votei contra porque eu acredito que é muito cedo para estarmos aplaudindo ou condenando. Temos que esperar as respostas oficiais. Inquéritos foram instaurados para ver se houve abuso ou não”, disse, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

Para a parlamentar, a moção foi colocada em pauta em um momento sensível e a cidade tem outras demandas mais urgentes que merecem espaço para discussão dentro da Casa.

 

“A gente vê a população com outras demandas, lutando para ter vacina. Acredito que foi precipitado”, afirmou.

 

“Acredito que o momento foi inoportuno, desrespeitoso, porque não é a pauta principal da cidade de Cuiabá. Nós estamos em Cuiabá e a Capital tem problemas por si só que precisam de tempo e foco na Câmara de Vereadores”, criticou, ” os problemas do Rio de Janeiro, deixa para os cariocas resolverem”, finalizou.

 

Polêmica

 

A moção foi aprovada em uma sessão tumultuada e a vereadora Edna Sampaio fez duras críticas à homenagem. Segundo ela, a conduta da Casa de Leis pode ser vista como “apologia ao crime”.

 

“Os vereadores e os deputados acabaram, lamentavelmente e criminosamente – porque apologia ao crime é crime –, dizendo às pessoas, à população, aos policiais, que eles estão autorizados a matar”, criticou.

 

“E não existe no nosso ordenamento jurídico nenhuma lei que diz que alguém esteja autorizado a matar, e muito menos um servidor público. O Estado não é, e não pode ser, um Estado assassino”, completou.

 

cbn/cuiaba

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