A Pfizer protocolou nesta sexta-feira (21) um pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ampliar o prazo de armazenamento da sua vacina contra Covid em temperaturas de 2ºC a 8ºC -o equivalente a um refrigerador comum.
O pedido, que pode facilitar o armazenamento da vacina no país, ocorre após a empresa obter autorização semelhante da agência europeia e em outros países.
Atualmente, segundo a Anvisa, o texto aprovado em bula da vacina da Pfizer diz que o imunizante, após ser descongelado, pode ser armazenado por até cinco dias em temperatura entre 2ºC e 8ºC. “Com o pedido, este período poderá ser estendido”, informa a agência.
O órgão não informou qual seria o novo prazo de armazenamento. Na Europa, o prazo aprovado foi de 31 dias.
A alteração foi aprovada após estudos sobre a estabilidade do fármaco depois de retirado dos ultracongeladores –vacinas que usam a nova tecnologia chamada de mRNA, como a da Pfizer e a da Moderna, precisam de temperaturas muito baixas, de entre -40ºC a -70°C, para se conservarem no longo prazo.
Atualmente, o Ministério da Saúde tem contratos para obter 200 milhões de doses de vacinas da Pfizer. Os acordos foram fechados após meses de negativas a propostas da empresa.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, diz que a mudança no prazo de armazenamento em refrigerador comum, caso autorizada pela Anvisa, pode ampliar a distribuição da vacina no país, que iniciou neste mês de forma restrita às capitais.
Dados da pasta apontam que 1.190 municípios já conseguem fazer a vacinação em até cinco dias. “Com essa ampliação de 31 dias, podemos capilarizar ainda mais essa estratégia”, disse.
Em nota, a Anvisa explica que, para definir as condições de conservação de uma vacina, costuma avaliar os estudos de estabilidade desenvolvidos pelo laboratório.
A previsão da agência é que a avaliação seja concluída até a próxima semana.
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