Com o intuito de alertar e conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao câncer da região da cabeça e pescoço, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) aproveita a campanha ‘Julho Verde’ para intensificar as formas de prevenção e da detecção precoce deste tipo de câncer. Nesta quinta-feira (27) é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço.
O secretário de Estado de Saúde, Dr. Maurício Simões, que também é especialista em cirurgia de cabeça e pescoço ressalta sobre a importância da população e profissionais de saúde estarem atentos a quaisquer alterações que apareçam no seu corpo ou no corpo de seu paciente.
“O mais importante é deixar toda a sociedade alerta que o Câncer de Cabeça e Pescoço pode ser identificado pela própria pessoa quando perceber a existência de feridas, lesões que não cicatrizam depois de um certo período de evolução. Assim, os profissionais de saúde, médicos, clínicos gerais e da atenção básica, odontólogos é importante que todos prestem sempre muita atenção nessas lesões, que por muitas vezes são assintomáticas e geralmente não incomodam. São essas as lesões que quando diagnosticadas conseguimos realizar um tratamento curativo e de forma precoce”, destaca o secretário.
Os cânceres de cabeça e pescoço compreendem as regiões da face, boca e pescoço, ou seja, boca, orofaringe, laringe (local onde estão as cordas vocais), ainda no nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço, tireoide, couro cabeludo, pele do rosto e do pescoço.
Estimativa do Inca (Instituto Nacional de Câncer) é de que surjam para o ano de 2023, 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço (considerando os tumores de boca – cavidade oral –, laringe e tireoide) no Brasil e 510 novos casos em Mato Grosso do Sul.
O câncer nessa região provoca graves alterações na qualidade de vida do paciente e, por isso, a prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para elevar as chances de cura.
Fatores de risco
Sobre o câncer existem evidências reais que comprovam a relação entre os hábitos de vida e o desenvolvimento de tumores. Os fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, consequência de hábitos ou de costumes ou herdados. Confira alguns fatores de risco:
• Tabagismo;
• Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
• Exposição ao sol sem uso de protetor labial e solar;
• Infecção por HPV;
• Histórico familiar de câncer;
• Dieta pobre em iodo;
• Obesidade;
• Poluentes ambientais;
• Excesso de gordura corporal;
• Exposição ocupacional de alguns elementos como pó de madeira, produtos químicos utilizados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e o amianto; entre outros.
Sinais e Sintomas
• Inchaço ou ferida que não cicatriza em 15 dias;
• Nódulo na boca, pescoço ou na mandíbula;
• Manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na região da boca;
• Dificuldade ou dor para engolir;
• Problemas na fala;
• Dificuldade e dor ao mexer a boca;
• Dificuldade para respirar;
• Dor de garganta que não melhora em 15 dias;
• Alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias.
É importante lembrar que esses sinais também são causados por outras doenças, por isso, a importância de procurar o serviço de saúde. O diagnóstico e o tratamento precoces aumentam as chances de cura.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de avaliação médica, além de exames de imagem, necessários à identificação da patologia. A confirmação do diagnóstico da doença é feita por meio de biópsia do tumor. No caso de confirmação, o médico indicará o melhor tratamento individualizado, de acordo com a necessidade de cada paciente.
Prevenção
A prevenção está associada ao diagnóstico precoce e à manutenção de hábitos saudáveis.
• Não fume;
• Evite o consumo de bebidas alcoólicas;
• Tenha alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
• Pratique atividade física regularmente;
• Mantenha boa higiene bucal;
• Use protetor solar e evitar exposição ao sol prolongada;
• Use preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
• Mantenha o peso corporal adequado;
• Recomenda-se a vacinação do HPV para os meninos e meninas de nove a 14 anos de idade e também para os homens e mulheres imunossuprimidos, de nove a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
Assim, fique atento, caso apresente um ou mais sintomas, procure uma unidade de saúde. O diagnóstico precoce salva vidas!
Kamilla Ratier, SES
Foto: Álvaro Rezende