Área queimada no Cerrado tem redução de 53% em 2023 e no Pantanal queda foi ainda maior: 55%

A área queimada no bioma Cerrado presente em Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, apresentou queda de 53,5%, conforme consta no Informativo de Monitoramento de Incêndios Florestais divulgado nessa quinta-feira (5) pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

No ano passado foram queimados 673.350 hectares do bioma Cerrado no Estado, enquanto nesse ano essa área caiu para 312.900 hectares. O documento é elaborado em conjunto por vários órgãos vinculados à Semadesc e colaboradores (Cemtec, Cicoe-Pemif, Corpo de Bombeiros).

Já no Pantanal a redução ainda é mais significativa, considerando que o bioma foi duramente castigado com um incêndio de grandes proporções no ano de 2020, quando mais de 1,6 milhão de hectares foram destruídos pelo fogo. No ano seguinte (2021) essa área já teve redução significativa (900 mil hectares), após uma série de medidas adotadas pelo Governo do Estado e investimentos pesados em treinamento, equipamentos e materiais de combate a incêndios florestais.

A vigilância surtiu efeito. Em 2022 a área queimada no bioma Pantanal foi de 208.925 hectares, muito abaixo do verificado nos anos anteriores. E os bons resultados continuaram: nesse ano a área foi ainda menor: 92.275 hectares, redução de 55,8% em relação ao registrado em 2022. Os focos de calor também tiveram queda brusca (996 para 447) nesse ano em relação ao ano passado.

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Os municípios de Corumbá (74,3%), Porto Murtinho (9,2%), Aquidauana (8,9%) e Rio Verde de Mato Grosso (6,5%) concentram 98,9% dos focos de calor no Pantanal, conforme dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, destaca que o Corpo de Bombeiros já atua na região desde o dia 17 de maio com efetivo de 186 homens e mulheres nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais.

Um dado que chama atenção no boletim é quanto à área queimada em unidades de conservação ou áreas protegidas. A ocorrência de um incêndio na Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar queimou 2.150 hectares, o que representou um aumento elevado em relação à área queimada no mesmo local no ano passado: 25 hectares.

O Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) prevê temperaturas altas, entre 39°C e 42°C para os próximos dias e umidade relativa do ar variando entre 15% e 35% nas regiões Sudoeste e Pantaneira. Essas condições são agravantes maiores e redobram as atenções para evitar ocorrência de incêndios florestais.

Em grande parte do Estado o risco de fogo é considerado “crítico”, apenas a região Nordeste está classificada como risco baixo para ocorrência de incêndios, isso previsto para o dia 8 de outubro.

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João Prestes, Comunicação Semadesc
Fotos: Bruno Rezende

gov/ms

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