MAPA descarta nova suspeita de gripe Aviária no MS

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Governo Federal descartou uma nova suspeita de gripe aviária em Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (12), aliviando preocupações sobre a disseminação da doença no estado.

A suspeita inicial estava relacionada a aves no município de Figueirão, localizado na região centro-norte do estado e a cerca de 258,3 quilômetros da capital, Campo Grande. Com a confirmação de que não havia presença do vírus, Mato Grosso do Sul continua com apenas um registro da doença em seu território. Esse caso foi confirmado no dia 18 de setembro deste ano em uma fazenda de subsistência em Bonito, um município situado a 297,4 quilômetros da capital.

Na fazenda, 82 galinhas estavam sob observação, das quais sete faleceram e as 75 restantes serão sacrificadas como medida de contenção. Essas aves foram classificadas pelo Mapa como aves “domésticas de criação de subsistência”.

Desde o início do ano de 2022, o Mapa realizou 72 investigações e coletou 20 amostras relacionadas à Influenza Aviária em Mato Grosso do Sul. Os municípios que apresentaram casos suspeitos e tiveram amostras coletadas incluem: Campo Grande (1), Dourados (1), Corumbá (2), Amambai (2), Ponta Porã (2), Bonito (4), Anastácio (2), Miranda (1), Sidrolândia (2), Ribas do Rio Pardo (1), Rio Verde de Mato Grosso (1) e Figueirão (1).

A investigação envolveu avaliações clínico-epidemiológicas realizadas por Médicos Veterinários Oficiais. Esses profissionais tinham a prerrogativa de descartar casos suspeitos ou coletar amostras para diagnóstico laboratorial. A maioria dos casos suspeitos foi descartada pelos veterinários, mas quando havia a necessidade de análises laboratoriais, as amostras eram coletadas. Resultados negativos para Influenza Aviária e Doença de Newcastle resultavam no descarte dos casos e no encerramento das investigações.

O Brasil enfrentou o primeiro caso notificado de gripe aviária em maio de 2023, quando duas aves marinhas resgatadas no litoral do Espírito Santo foram afetadas. O vírus foi identificado pela primeira vez em aves domésticas no final de junho, em uma criação de patos, gansos, marrecos e galinhas localizada no interior do Espírito Santo. Atualmente, o país já registrou 125 casos confirmados e 10 ainda em investigação.

Para combater a doença, o Governo Federal destinou quase R$ 2,5 milhões do Orçamento de 2023 para Mato Grosso do Sul por meio da Medida Provisória (MP) 1.177/2023. Esses recursos estão sendo utilizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A MP foi aprovada no Senado no início deste mês e tem o propósito de custear despesas como o deslocamento de equipes de serviço veterinário oficial e vigilância agropecuária internacional, bem como outras equipes, como bombeiros, defesa civil e Exército.

Os recursos também serão empregados na contratação de mão de obra para serviços de desinfecção, compra de equipamentos de proteção individual, materiais para coleta de amostras, desinfetantes, lonas e bombas pulverizadoras. Além disso, parte do dinheiro será destinada à construção de equipamentos como rodolúvios e arcolúvios, que pulverizam sanitizantes diluídos em água para higienização externa de veículos, contribuindo para conter o vírus. Três emendas apresentadas à medida provisória foram rejeitadas pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Para evitar o contato com o vírus, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) orienta que a população não recolha aves doentes ou mortas, e que entrem em contato com o órgão caso encontrem animais nessas condições.

A influenza aviária é uma doença de distribuição mundial que apresenta sérios riscos à saúde pública e ao comércio internacional de produtos avícolas. A alta capacidade de mutação dos vírus de influenza tipo A e sua adaptabilidade a novos hospedeiros representam um desafio significativo. A exposição direta a aves silvestres infectadas, migração de aves, globalização e comércio internacional são fatores que contribuem para a disseminação da doença.

 

 

 

fonte: IAGRO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *