Polícia Federal investiga incêndios no Pantanal: Mais de 20 inquéritos abertos

A Polícia Federal está conduzindo investigações sobre mais de 20 incêndios no Pantanal, revelou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em uma coletiva de imprensa realizada no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

Silva detalhou que, atualmente, existem 31 inquéritos em andamento relacionados a incêndios em diversos biomas, com 20 focos no Pantanal. As investigações utilizam imagens de satélite para determinar a origem e a propagação dos incêndios. “Estamos empregando tecnologia avançada para rastrear e identificar se os incêndios foram causados intencionalmente ou por negligência”, afirmou a ministra.

A suspeita de uma nova ação coordenada, semelhante ao “Dia do Fogo” de 2019, quando criminosos incendiaram mais de 470 propriedades, está gerando preocupação. Silva observou que a situação atual é anômala, com múltiplos incêndios ocorrendo simultaneamente em várias regiões. “É fundamental que compreendamos se esses incêndios são resultado de ação criminosa organizada”, declarou.

O Pantanal, uma das maiores áreas alagadas do planeta, já perdeu mais de 2,03 milhões de hectares para as chamas, representando mais de 13% de sua área total. O fogo se intensificou nas últimas semanas, com um aumento de 107% na área queimada em apenas 20 dias. Embora chuvas recentes tenham ajudado a controlar alguns focos, a previsão de calor e baixa umidade para os próximos dias sugere que a crise pode se agravar.

Em resposta à crise, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul foi mobilizado para apoiar os esforços de combate aos incêndios. A fumaça gerada pelos incêndios está afetando não apenas o Brasil, mas também países vizinhos, como Peru e Bolívia.

A ministra Silva reforçou a necessidade de cessar imediatamente as práticas criminosas e garantiu que o governo federal está empenhado em enfrentar a crise. “Estamos todos mobilizados para combater essa situação crítica e proteger o meio ambiente. É vital que parem as ações de ateamento de fogo para que possamos controlar a devastação”, concluiu Silva.

 

 

fonte: PF

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