PF investiga conexão da quadrilha de tráfico em Ivinhema com o PCC

A operação da Polícia Federal (PF) realizada em Mato Grosso do Sul na última terça-feira (15) prendeu Eldo Andrade Aquino, suspeito de fazer parte de uma quadrilha de tráfico de drogas com ramificações no Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, e com traficantes da fronteira. A ação, batizada de Operação Defray, desdobrou-se de outra operação, a Lepidosiren, ocorrida em agosto.

A juíza Ana Claudia Manikowski Annes, da 2ª Vara Federal de Ponta Porã, determinou a prisão preventiva de Eldo, justificando que seus contatos no Brasil e no exterior representam um risco de fuga. “Há indícios de que Eldo atua profissionalmente em atividades ilícitas, o que justifica a tutela da ordem pública”, afirmou a magistrada em sua decisão.

A Operação Lepidosiren, deflagrada em agosto, também envolveu o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro. Na ocasião, a PF apreendeu sua caminhonete Silverado, avaliada em R$ 519 mil, além de imóveis que somam mais de R$ 33 milhões, todos ligados ao grupo investigado. Ferro, que se autointitula “o mais louco do Brasil”, foi reeleito recentemente com 81,29% dos votos, mesmo sendo alvo das investigações.

Durante a operação desta semana, a PF apreendeu dois celulares, cheques que totalizam R$ 107,5 mil, além de realizar o bloqueio de bens no valor de R$ 100 milhões. A polícia apontou que a organização criminosa de Ivinhema é responsável pela logística e financiamento do tráfico transnacional de drogas, com forte atuação na região de fronteira.

 

 

ims

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