Seca histórica no Rio Paraguai ameaça economia de Mato Grosso do Sul

A seca histórica que atinge o Rio Paraguai, levando-o a registrar o menor nível em 124 anos, está causando prejuízos bilionários ao Mato Grosso do Sul, especialmente na exportação de minérios. A hidrovia, crucial para o transporte desses produtos, está paralisada há mais de dois meses devido ao acúmulo de bancos de areia, que impedem a passagem das barcaças.

Empresas de mineração localizadas em Corumbá e Ladário, diretamente afetadas pela falta de navegabilidade, enfrentam uma queda expressiva no escoamento de minérios. No ano passado, quando o rio atingiu um nível de 4,24 metros, a exportação foi 40% maior do que a registrada neste ano, quando o nível máximo chegou a apenas 1,47 metro. Se o desassoreamento do rio não for realizado, estima-se que o Estado enfrentará perdas econômicas significativas.

Apesar de técnicos utilizarem o termo “dragagem” para descrever o processo de deslocamento de bancos de areia no fundo do rio, nenhuma areia seria removida do local. A proposta é apenas reorganizar o leito para permitir a navegação, ação que é vista como essencial por lideranças locais para salvar o setor minerador, responsável por milhares de empregos e uma importante fatia da arrecadação de tributos.

O impasse, no entanto, gira em torno da exigência de estudos de impacto ambiental por parte de órgãos federais. Técnicos em Brasília barraram o início das obras, que, segundo estimativas, poderiam ser concluídas em cerca de três meses. Enquanto isso, o setor minerador pressiona por soluções rápidas, alertando que a falta de ação poderá acarretar graves consequências econômicas para a região e o Estado.

 

 

 

scc

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